Abandonado

É fato, parei de escrever aqui.
Basta ver as datas das postagens para perceber que não sou o que se possa chamar de blogueiro assíduo.

Eu me lembrei agora daquele seriado super legal, onde um garoto crescia nos anos 60 e ficava refletindo sobre a vida... Kevin Arnold, era seu nome.

Tem um episódio que ele fala algo bem interessante:

"Quando somos crianças, somos um pouco de cada coisa. Artista, cientista, atleta, erudito. Às vezes parece que crescer é desistir destas coisas, uma a uma. Todos nos arrependemos por coisas das quais desistimos. Algo de que sentimos falta. De que desistimos por sermos muito preguiçosos, ou por não conseguirmos nos sobressair, ou por termos medo".

Por alguma razão que eu honestamente desconheço, um dia eu decidi que não valia mais a pena subir em árvores...
Também parei com a besteira que é ficar correndo em círculos, só pelo prazer de ficar tonto...
Desisti também de tentar aprender a tocar violão...
E acho que, em mais uma dessas infelizes decisões inconscientes, decidi que não vale a pena ficar gastando tempo para escrever sobre meus sentimentos...

Não cabe mais...

Correria do dia a dia.

É ver se o pagamento entrou, quanto terei de pagar de impostos, se já paguei o do plano de previdência, se a parcela do apartamento foi paga em dia, se a matrícula nas disciplinas da universidade já saiu, colocar gasolina, entregar os relatórios em dia no trabalho...

E no meio disso tudo, bate aquela tremenda saudade daquele tempo único e belo onde a minha vida coube inteira dentro de uma mochila. O engraçado é que mesmo não cabendo mais, fica o gosto que ela ficou bem menor ao invés de ter ficado maior.

Façam o que eu digo, e não o que eu faço

Eu quase escrevi mais um texto para esse abandonado blog. A idéia inicial até que foi boa... Mas o texto, como era de se esperar, saiu sofrível de tão ruim. Então decidi não postar.
Acreditem, é bem melhor não escrever nada do que escrever algo péssimo.

Façam o que eu digo, e não o que eu faço...

A vida

"A vida está cheia de interferências indébitas,
de acasos estúpidos,
de personagens errados que travam conosco desencontrados diálogos de surdos,
a vida está atravancada de pormenores inúteis,
a vida parece um romance mal feito!"
- Mário Quintada

Fases

Quem aqui nunca passou pela fase de pensar em ter uma experiência extra corpórea apenas para espancar a si mesmo com um bastão de cricket, mas acabou desistindo por causa da dificuldade de se sair do próprio corpo e da dificuldade (ainda maior) de se encontrar um bastão de cricket no Brasil?

Estou passando por uma fase dessas.... Todos nós passamos por isso um dia.

Rejeição

Não adianta fingir que nunca aconteceu com você. Todos nós já levamos um belo de um pé na bunda.
Nada doi tanto quanto ser rejeitado, com exceção é claro de um belo tiro no joelho.
Várias são as formas de se levar um pé na bunda. A clássica é a sofrida quando se está amando. Mas essa não é a única e, tão pouco, a pior.
Existe uma rejeição terrível, que acaba com o ego de qualquer um e esmigalha qualquer alma. É uma experiência que eu não desejaria nem para o meu pior inimigo (mas eu ainda desejo que ele leve um belo tiro no joelho).

Não existe nada pior do que ser rejeitado por um ladrão. Já passei duas vezes por esse inferno.
Na primeira vez foi em um roubo do som do meu carro. Eu cheguei e encontrei a porta arrebentada e um buraco no lugar onde ficava o meu amado toca CD. Também encontrei a minha coleção de CDs totalmente revirada, com algumas caixas abertas e CDs espalhados pelo banco. Claro que esse roubo me deixou muito irritado. Mas a minha maior e mais triste surpresa foi perceber que nenhum CD estava faltando. O ladrão havia claramente mexido e procurado por bons CDs, mas não encontrou. Lá estava o meu CD de Hits dos anos 80, o do Jimmy Hendrix, o do Bob Dylan... Eu honestamente fiquei pensando sobre o quão ruim o meu gosto musical deveria ser... Nem sequer digno de roubo. O cara já tinha arrombado o carro! O que custava levar um único CD por consideração!?

E o pior é que eu tive de passar por essa experiência uma segunda vez. Um dia desses eu, como bom idiota que sou, esqueci o vidro do carro aberto. E lá estava a minha gravata dando sopa, o meu amado livro "O Guia do Mochileiro das Galáxias" e algumas outras porcarias. Chego e encontro tudo remexido! E para minha surpresa, nada faltando! ABSOLUTAMENTE NADA!!! O cara olhou o meu livro, a minha gravata, e pensou "Nah! Não vale a pena". Eu já tinha ouvido muitas coisas ruins sobre aquela minha gravata... Mas nenhuma crítica doeu tanto quanto a do ladrão que achou não valer a pena se dar ao trabalho de roubar aquilo.

Vou te contar... Uma coisa dessas acaba com a semana de qualquer um.

Pátria Amada Brasil!

Hoje vi no super mercado um Papel Higiêncio em verde e amarelo...

Nada me emociona mais do que as demonstrações de patriotismo dos brasileiros em tempo de copa.