terça-feira, agosto 30, 2005

A verdadeira medida das relações humanas

A vida é, em suma, uma série de encontros e desencontros. Tais encontros e desencontros desesperam muitas pessoas, por se tratarem de uma realidade dura que quase sempre foge o nosso controle. Mas na realidade ai está a beleza de nossa existência.

Nossa história é composta de várias outras histórias. Já se dizia que nenhum homem é uma ilha.

E como podemos avaliar o impacto que essas pessoas que partiram tiveram em nossas vidas? Será por meio da memória que guardamos delas? Definitivamente não. Nossa mente é altamente oportunista. Nossas lembranças são muito mais um reflexo do que somos do que de nosso passado. Lembramos das coisas como queremos e não como elas foram.

Ora, então como saber se uma pessoa foi ou não importante para você? Simples, é só perceber o quanto dessa pessoa você carrega com você. Aquele filme que você odiava mas passou a gostar, aquela música que você até hoje escuta sem nem lembrar o motivo, a forma de sorrir usando o canto da boca que virou marca registrada sua e que só começou a existir por razão do gosto do outro, caso você tenha se tornado mais persistente por causa desta pessoa, ou mais cheio de preguiça, quem sabe o seu estilo de humor tenha se alterado para sempre, se você se irrita com algo que na verdade irritava essa outra pessoa...

Pouco importa se você gosta ou não, se esqueceu ou se não parou de pensar nela por um segundo. Se você assimilou algo dessa pessoa, então ela lhe foi importante. E se isso aconteceu então, de certa forma, vocês nunca se despediram.

segunda-feira, agosto 29, 2005

Pearl Jam

Andam dizendo que em dezembro vai haver um show do Pearl Jam em São Paulo e no Rio.

É bom eu começar a guardar o troco do pão...

sábado, agosto 27, 2005

Empty spaces... What are we living for?

[Foto: Cemitério de Brasília – Leandro Discaciate]


Qual o seu maior medo? Para a maioria das pessoas nada é mais terrível do que a morte. A morte sempre foi tema central nas manifestações humanas. Da pré-história à época atual. Sempre tivemos medo dela, mesmo ela sendo a único mal irremediável de nossa existência (perdoem o clichê. Mas é verdade, não é?). Qual a razão desse medo?

Para mim, temos medo de algo além da morte. Temos medo daquilo que a morte implica: Esquecimento. O homem tem medo de sumir, de ser esquecido. Para ele é, e sempre foi, inaceitável desaparecer. Talvez seja uma decorrência natural do conceito elevado que temos de nós mesmos. Podemos aceitar que um cachorro morra, que um rio seque para sempre, que um planeta se pulverize, ou até mesmo que o nosso Sol venha a entra em colapso e sumir... Porém não aceitamos essa efemeridade para a nossa existência.

Praticamente todas as civilizações humanas buscaram, de uma maneira ou de outra, enxergar a morte como um novo começo. Não existe conceito mais universal nas religiões do que o da imortalidade. O homem sempre imbuiu de grande significação a sua morte. Deve haver um destino para nós... Algo maior. Ou não?

É por isso que eu acredito que não fomos criados à semelhança de nosso criador... E sim o contrário: Criamos o nosso criador à nossa semelhança. Assim, na vida eterna, gozaríamos de algo que é semelhante à vida na terra. Seria uma continuidade melhorada de nossa vida. Não perderíamos aquilo que conquistamos, poderíamos reencontrar com parentes e amigos, etc.

Não sei. Tudo isso me parece bom de mais para ser verdade. Acredito em uma "imortalidade subjetiva". Um pouco mais melancólica, porém igualmente bela. Mas isso é assunto para outro post.

quinta-feira, agosto 25, 2005

Didi Mocó, o Imortal

Estou besta! Alguém ai já leu ou ouviu falar do primeiro romance do Didi, dos trapalhões?

E parece que a obra é muito boa. Repleta de poesia e sensibilidade. O livro (Amizade sem Fim) que a revista Veja classificou como um romance de "religião, sexo, violência e ovos fritos com queijo".

Vejam só a sinopse do livro:

"O universo de Renato Aragão vem agora em forma de romance, bem escrito, sem os exageros comuns aos amadores, contando a história de um jovem milionário que abandona a forturna e vai pelo mundo, conhece e se apaixona por uma moça. Há um longo trecho dedicado a um dos temas que preocupam o homenm moderno, o da regressão as vidas passadas, sem apelar a explicações pseudo - ciêntificas simplismente relatando experiências que todos nós uns mais outros menos atravessamos no nosso cotidiano".

Para os que ainda não se convenceram do quanto esse livro é bom vai ai um trecho:
"Enquanto eu examino os móveis e o restante da casa, Sofia faz dois sanduíches de ovos fritos com queijo".
Lindo, não acham?

E então, vocês acham que essa mania vai pegar? Será que podemos esperar livros do Dedé, do Kléber do Big Brother, da Xuxa? Quem sabe até algumas obras psicografadas do Mussum e do Zacarias...

Alguém consegue pensar em uma maneira pior de gastar R$ 23,00!?

terça-feira, agosto 23, 2005

Thats the way it is...

Estudamos, acordamos cedo, enfrentamos engarrafamentos, trabalhamos com coisas que não gostamos, passamos mais tempos com pessoas que nos são jogadas pela rotina do que com as que realmente gostamos... E assim é a vida de 99% das pessoas. Por que fazemos isso?

Esse pensamento me fez lembrar de uma antiga piada (agora estou parecendo o Woody Allen no filme "Annie Hall" - "There is an old joke..."):

Um rico empresário encontra um pobre pescador deitado na sombra de uma árvore à beira mar, em plena quarta feira.

Empresário: O que você está fazendo aqui? Por que não está trabalhando?
Pescador: Ah, ontem a pesca foi boa. Então deu para guarda para o almoço de hoje.
E: Mas como você é BURRO! Deveria ter ido trabalhar hoje. Ai teria um excedente para vender.
P: Mas para que eu ia querer vender os peixes?
E: Como assim!? Você poderia juntar dinheiro e comprar um barco melhor, e assim pescar ainda mais. E ter ainda mais dinheiro.
P: Mas para que?
E: MEU DEUS! Você não entende mesmo!!! Ai você poderia juntar muito dinheiro e comprar uma frota de barcos.
P: Pra que eu ia querer isso?
E: DROGA!!! Ai você juntava muito dinheiro com essa frota. Contratava gente para trabalhar para você e ficava rico. RICO!!! E assim você ia poder ficar de pernas para o ar, relaxando na beira do mar. Sem ter de trabalhar.
P: Uê! Não era isso que eu tava fazendo agora pouco!?

Eu admito. A piada é muito RUIM. Porém ela exemplifica muito bem o que eu estava falando.

segunda-feira, agosto 22, 2005

A Natureza NÃO é perfeita!!!

Vivem dizendo que a natureza é perfeita. Longe disso.

Se a natureza fosse perfeita primeiro ia chover sabão e só depois água.

Assim o meu carro não estaria tão imundo.

domingo, agosto 21, 2005

Todas las calles donde me escondí


Foto tirada em Cochabamba - Bolívia 2004.

Me bateu uma saudade de me perder só, em uma noite estranha. Uma amiga me disse, certa vez, que todas as pessoas perdidas deveriam emigrar. A mais pura verdade. Se é para se sentir perdido então que seja em solo estrangeiro.

"Todas las mañanas que viví
todas las calles donde me escondí
...
Yo te conozco de antes
desde antes del ayer
yo te conozco de antes
cuando me fui
no me alejé
llevo la voz cantante
llevo la luz del ayer
llevo un destino errante
llevo tus marcas en mi piel
y hoy solo te vuelvo a ver".

sexta-feira, agosto 19, 2005

Ticking away the moments that make up a dull day

O tempo não para...

Sabe aquela impressão que todos nós temos que a vida está se acelerando? Cada ano parece ser menor do que o anterior. Lembram-se de quando éramos crianças e o tempo parecia se arrastar, demorando um ETERNIDADE até chegar a data do nosso aniversário ou natal? Quem nunca falou "Putz, esse ano passou voando. Não deu tempo de fazer nada"?

Todos já nos perguntamos: "Será que vai piorar?."

A ciência explica isso. Descobriram que essa sensação não é apenas um "truque" psicológico do nosso cérebro para justificar um ano que passou sem grande resultados. Ela representa a realidade, se tratando do tempo "marcado" pelo nosso corpo. Com o passar dos anos o nosso relógio biológico vai se desregulando naturalmente. E a nossa percepção de tempo muda a medida que envelhecemos. Para o nosso corpo cada ano É SIM menor do que o anterior.

É assim mesmo. Você vai SEMPRE sentir que não deu tempo de realizar os seus planos. Que os anos estão voando. E o seu tempo vai cada vez encurtar até o dia em que BANG! Você morre...

Ou seja, se você achou que esse ano está passando rápido... Espere para ver o próximo. E nem te conto sobre o seguinte.

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Time
Album: The Dark Side Of The Moon
Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an offhand way.
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for soemone or something to show you the way.

Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun.

So you run and you run to catch up with the sun but it's sinking
Racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.

Every year is getting shorter never seem to find the time.
Plans that either come to nought or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desparation is the English way
The time is gone, the song is over,
Thought I'd something more to say.

@
(Breathe-reprise)
Home, home again.
I like to be here when I can.
When I come home cold and tired
It's good to warm my bones beside the fire.
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells.

quarta-feira, agosto 17, 2005

O Sr. Hipólito

Mais um fato curioso (e bem engraçado) da minha viagem à Bolívia e ao Peru.

É importante salientar que na Bolívia e no Peru quase não existe uma cultura de eficiência e de clientela. Assim fica mais fácil entender o que se segue...

Depois de dois dias sendo enrolado, finalmente encontro com a Sra. Maria Antonieta. Essa Sra. seria a responsável por nossas reservas em algumas cidades (Em muitas cidades as reservas têm de ser feitas pessoalmente... Nada de cartão de crédito e telefone/internet. Tem de chegar e fazer... Bizarro). Então ela me diz:

“Não se preocupe Leandro. Assim que você chegar em Aguas Calientes receberá as informações da reserva para fazer o 'rooming list'. O Sr. Hipólito vai estar lhe esperando na estação".

Eu sabia que algo estava errado. Ninguém competente ia ter um nome tão absurdo. Vocês conseguem imaginar um peruano chamado Sr. Hipólito que seja competente?

Chego na cidade, com 35 passageiros, e nada de Sr. Hipólito. Encontro ele em um dos hotéis.

"Sou do grupo de brasileiros, cheguei hoje com parte do grupo. Estou aqui por causa das reservas". Digo eu.

Sr Hipólito: "Não se preocupe. Vou fazer tudo". Pega o telefone e começa a telefonar para os hotéis.

Eu: "O que você está fazendo?"

Sr. H: "Ora, estou fazendo as suas reservas".

Eu :"!?!?!?!!??!!?!?!?!!?!?!?!?!!?!?".

Agora alguém me explica o sentido de se fazer reservas quando o grupo chega! O objetivo da reserva não é RESERVAR um lugar para que quando as pessoas cheguem tenham vagas? Ninguém normal entra em um hotel e diz: "Quero fazer uma reserva para o quarto que eu vou ocupar agora".

Moral da história: Nunca confie em alguém com um nome tão bizarro quanto Hipólito. Pessoas competentes não têm esse tipo de nome.

terça-feira, agosto 16, 2005

Você é especial...

Diálogo hoje na sala de uma das matérias absurdas que eu ando pegando, da área de humanas.

"Amiga, não fica assim não. Você sabe que você é uma pessoa especial. No fundo acredito que todas as pessoas são especiais de alguma maneira".

HEIN!? Que porcaria de frase de livro de auto-ajuda barato é essa!?

Vou resumir ela:

“Você é especial... assim como todas as outras pessoas ".

Se todos são especiais isso não quer dizer que ninguém é especial?

Ta bom, eu admito. Às vezes eu sou como o Woody Allen... Escutando diálogos dos outros e tirando conclusões rabugentas...

domingo, agosto 14, 2005

Uma Pessoa Estranha

Frase da semana:

“Quem você pensa que é!? Algum astro de Hollywood!? Comendo salaminho e peito de peru no mesmo pão!".
-Meu Irmão, revoltado ao ver tamanho desperdício e ostentação.

sábado, agosto 13, 2005

Algo curioso e triste

Já vi muito nessa vida...

Eu estava pensando sobre um acontecimento bastante interessante, e triste.

Os meus fiéis leitores imaginários sabem que recentemente viajei como guia, para Machu Picchu. Na trilha Inca que eu fiz (Tambomachay) eu vi algo que ficou impresso na minha mente. Foi nas proximidades de um daqueles minúsculos vilarejos locais.

Havia uma Lhama (animal muito popular na região do Peru) que quebrou uma das patas ao saltar. Como é de costume ela seria sacrificada, para poupar-lhe do sofrimento e poupar os donos do trabalho.

Esse sacrifício foi rápido. Em um segundo temos vida e em outro nada... A Lhama nem sequer emitiu um som. Apenas ficou com os olhos firmes no céu, enquanto a sua garganta era cortada. Coisas da vida.

No alto da colina, não muito distante, estava a cria dessa Lhama. A jovem Lhama assistiu a toda a cena queita, sem mover um músculo. Seus olhos se mantiveram fixos na mãe o tempo todo. E esses olhos negros carregavam toda a dor da existência.

Não sei qual a razão de eu lembrar disso agora... Sei que vai soar meio bizarro e mórbido, mas essa cena não foi somente profundamente triste. Foi também bela. Com uma daquelas belezas tristes, tão poéticas.

Dizem que só os seres humanos são capazes de projetar a morte. De ver um semelhante morrer e entender que inevitavelmente isso também vai acontecer com ele. Mas naquele instante eu poderia jurar que a jovem Lhama havia finalmente entendido o seu destino nessa terra:

“Cumpriu sua sentença, encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, que de fato, sem explicação, iguala tudo que é vivo em um só rebanho de condenados, porque tudo que é vivo morre”.

quinta-feira, agosto 11, 2005

Worm Holes "Revisitados"

Atendendo a pedidos de uma amiga... Vou voltar ao post "Viagem no Tempo".

A pergunta dela: "Como funcionam os Worm Holes?”.


Minha querida, eu realmente não sei... Mas para falar a verdade ninguém sabe ao certo. Mas segue o pouco que eu sei.

Worm Holes são muito populares em ficção científica. Eles são aqueles portais que se abrem no espaço e permitem que naves atravessem distâncias enormes em segundos. Primos dos Buracos Negros.

Uma boa analogia para Worm Holes é a seguinte: Pegue uma folha de papel e marque dois pontos nas extremidades opostas da folha. Qual a melhor maneira de se chegar de um ponto a outro? "Uma reta", seria a resposta clássica. De fato, de todos os caminhos tradicionais entre esses dois pontos a reta é o mais curto... Tradicionais eu disse. Dobre a folha de tal forma que um ponto fique sobre o outro e fure. Pronto! Chegamos de um ponto a outro percorrendo uma distância muito menor (quase inexistente). Esse "roubo" que fizemos também é, em teoria, possível no espaço. O nome do furo no papel seria "Worm Hole" (Ou Ponte de Einstein-Rosen).

Como fazer um Worm Hole? Mais complicado ainda. É possível que eles já existam, remanescentes do Big Bang. Existem ainda teorias que dizem que o núcleo de um buraco negro é um Worm Hole. Massas com propriedades antigravitacionais também poderiam, em condições especiais, criar os Worm Holes (não existem máquinas antigravitacionais. Mas estas já são pesquisadas, de maneira rudimentar, pela N.A.S.A.).

Muito complicado? Nah... Começa a ficar divertido agora. A minha querida colega que fez a pergunta deve estar pensando "Mas o que diabos isso tudo tem a ver com a viagem no tempo!?"... Isso se ela ainda estiver lendo.

Bem, eu avisei: Ainda ia ficar mais complicado. Os Worm Holes não são apenas falhas no espaço e sim no espaço-tempo (que na realidade estão juntos). Certas perturbações no espaço causam perturbações no tempo. É o caso de um objeto viajando a uma velocidade muito rápida. Esse é o clássico exemplo da relatividade geral de Einstein. Onde dois gêmeos são separados. Um fica na terra e o outro é enviado para viajar a uma velocidade MUITO rápida. Ao retornar o gêmeo que ficou na terra será muito mais velho. O tempo passou de maneira mais lenta para o que estava na espaçonave. Eu avisei, as implicações de se tratar o tempo como variável são bizarras... Mas é assim que as coisas são.

Mas ainda não temos uma viagem no tempo. O tempo só passou de maneira diferente para os gêmeos. O que já é bastante bizarro, já que a nossa intuição nos leva a crer em um tempo único e não relativo.

Além de ligar pontos no espaço os Worm Holes também ligam pontos no tempo. A viagem no tempo aconteceria por um Worm Hole que ligaria o mesmo ponto no espaço, mas em diferentes tempos. Essa viagem pelo Worm Hole seria análoga à viagem do gêmeo que faz o tempo passar mais lento. Então seria possível ir para o futuro passando por um sentido e para o passado passando por outro...

BIZARRO! Não entendeu nada? Não se preocupe. Nem eu... Nem você... Nem ninguém.

P.S.: Posso ter cometido alguns erros no texto. Afinal de contas não sou físico (e nem bom escritor, para o caso dos erros de gramática).

terça-feira, agosto 09, 2005

Profissão

Já sei o que eu quero ser. Não é engenheiro, nem advogado, tão pouco economista e muito menos médico. O emprego dos meus sonhos é o do cara que inventa os nomes das operações da Polícia Federal. Aposto que esse cara nem participa das operações... Fica na beira da piscina, pensando em nomes absurdos para a nova operação.

Vamos lá, escolham o seu favorito:

Operação:
  • Matrix
  • Anaconda
  • Perseu
  • Cavalo de Tróia (Nah! Ele podia ter feito melhor do que isso. Nome muito clichê para uma operação)
  • Cavalo de Aço
  • Saia Justa (!?)
  • Pororoca
  • Março Branco (Poético)
  • Narciso
  • Big Brother
  • Carga Pesada
  • Clone
  • Terra Nostra (Nosso héroi anda assistindo muito à Rede Globo)
  • Tango
Eu tenho até idéias prontas para algumas operações:
  • Lhama Enfurecida
  • Etcetrum
  • Roque Santeiro
  • Abril Despedaçado (Nesta operação muitos tiros deveriam ser disparados. Pouco importa se resistirem ou não a prisão. O importante é fazer juz ao nome).

domingo, agosto 07, 2005

Traduções de Títulos de Filmes

Pense rápido, qual o profissional que mais lhe enche o saco nesse mundo?

Atendente de Telemarketing? Guarda de Trânsito? Professor?

Para mim ninguém ganha do “Tradutor de Títulos de Filmes”. Isso mesmo, tradutores. Não existe raça mais desprezível. Vejamos algumas das monstruosidades que esses carrascos já fizeram:

  • Lost In Translation = Encontros e Desencontros – Será que o cidadão sequer leu o nome original do filme!? PERDIDO NA TRADUÇÃO! Pois se perdeu mesmo...
  • Memento = Amnésia – Um dos primeiros diálogos do filme: "- Você tem amnésia então?"; "- Não! Não tenho!". Será que o tradutor sequer assistiu ao filme!?
  • Gosford Park = Assassinato em Gosford Park – “Brasileiro é tudo burro, então é melhor avisar logo que vai ter um assassinato. Assim eles sabem o que vão ver”.
  • My Girl = Meu Primeiro Amor – Até que vai. Só tem um problema... Fizeram a continuação!!! E agora? “Meu Primeiro Amor 2” (My Girl 2). Não deveria ser o segundo amor então?!
  • Full Metal Jacket = Nascido para Matar – Com essa tradução parece mais filme do Bradock do que do Stanley Kubrick. Sabiam que Kubrick chegou a ligar para a Warner Brasil pedindo para que esse não fosse o nome do seu filme? Não adiantou de nada. Aposto que o executivo da Warner deve ter dito: “Quem esse cara pensa que é?”.
  • Eyes Wide Shut = De Olhos Bem Fechados - O pessoal da Warner Brasil REALMENTE não gosta do Kubrick. Temos aqui um belíssimo paradoxo., Os "olhos amplamente fechados", são uma peça importante na interpretação do filme. Alguém deve ter pensado "Mas que cara burro. Ou está aberto ou está fechado!". E fecharam de vez os olhos...
  • All About Eve = A Malvada – Agora esse é o meu predileto. Trata-se de um filme clássico, genial. A idéia por traz do filme é que o narrador vai dissecar a Eve. O espectador passa o filme inteiro sem saber a verdadeira natureza de Eve. Seria ela uma boa pessoa? Uma malvada manipuladora? Só se descobre no final... A menos, é claro, que você seja brasileiro. Nós já sabemos logo de cara que ela é “A Malvada”. É como chamar o “Sexto Sentido” de “O Homem Que Estava Morto”.

sábado, agosto 06, 2005

Crise de Adolescente

Im back....

Arght, só de pensar em ter de voltar às aulas na segunda feira.

Eu tenho um sério problema com a minha Universidade. Faço um curso que eu odeio, e não troco simplesmente por não conhecer nenhum outro curso que me agrade.

Dizem que uma das coisas mais tristes é talento desperdiçado, e eu concordo. O pior é que me considero uma pessoa capaz. Sou razoavelmente inteligente e muito bem nascido. A culpa será toda minha se eu me tornar um Zé Ninguém. Nada de culpar a vida e o destino... Somente as minhas escolhas.

É disso que tenho medo. De acordar um dia e me ver fazendo algo que eu não gosto, e de perceber nada saiu do jeito que eu gostaria. Basicamente medo de me tornar algo vergonhoso. Mais um que vive para envelhecer.

Nada pior do que ter essas crises típicas de adolescentes aos 22 anos...

Ah, e para quem achar que sou depressivo ou coisa do tipo... Não se preocupem. Não sou uma pessoa triste, de maneira nenhuma. Somente melancólico. Muito diferente.